Dia 14



Trilha Sonora DRE - Faixa 13 - Céline Dion - If I Could


Oi, pessoal!

Esse livro foi a minha elaboração de luto pela morte do meu pai em 6 de fevereiro de 2017. Tive uma infância difícil e ele foi um péssimo pai, quando me contaram que ele estava com câncer terminal e eu teria que me despedir, corri para a sua cidade e com uma força que não sei de onde veio, não chorei quando segurei a sua mão e garanti que nada do que ele estava passando era carma, pois descobri ali, que ele era apenas humano. Pode não ter sido o melhor pai ao meu ver, mas soube que ele fez o melhor que pode, nas condições que teve. Disse que ele era muito amado e que não havia mais mágoas que afetassem o que sentíamos. Ele partiu uma semana depois, em paz, de parada respiratória após ser internado com fraqueza na uti, não foi pelo câncer que já havia consumido mais da metade do seu corpo, ele apenas parou de respirar como se seu tempo realmente tivesse acabado. Não é a minha melhor lembrança, mas é a última que tenho dele, já que por morar em outra cidade, não consegui voltar para o velório, meu corpo travou no instante em que eu soube da sua morte e não consegui andar por algumas horas, mas no momento em que o enterro dele terminou, senti seu abraço de onde eu estava e tive certeza que ele entendeu eu não ter ido, nos despedimos ali, onde sempre estivemos para o outro, não precisávamos nos ver todos os dias para nos amarmos. DRE é um monumento para ele, sobre um pai que nunca tive e momentos que nunca tivemos, mas mesmo assim, sou grata por ser a maior prova real de que ele existiu, uma pequena parte dele que ainda vive e vai continuar vivendo por ele, que gostaria muito de ainda estar aqui, mas não pode mais.

Não consigo dizer mais nada hoje, gente! Lembrar de tudo isso mais uma vez me destruiu.

AMANHÃ, DIA 27 DE NOVEMBRO LERMOS OS CAPÍTULOS 26 e 27.

Até lá.

Bjus